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Saúde

Serviços ambulatoriais de saúde apresentam maior frequência de utilização e VCMH/IESS fecha em 15,1%

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Nos últimos anos, o índice calculado pelo IESS teve oscilações por conta dos efeitos da pandemia e agora segue estável, enquanto o IPCA está em queda

A Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH), apurada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), fechou em 15,1% nos 12 meses encerrados em junho de 2023, comparado com os 12 meses anteriores. O estudo leva em conta o comportamento de uma carteira de 606 mil beneficiários de planos de saúde individuais e, novamente, se revelou superior à inflação de preços medida pelo IPCA/IBGE, que foi de 3,2% no mesmo período.

O índice permaneceu estável, apenas 0,2 pontos percentuais a mais, em comparação ao ritmo de aumento das despesas registrado no levantamento anterior (14,9%), referente aos 12 meses terminados em março de 2023. Na oportunidade, o IPCA/IBGE foi de 4,7% no mesmo período.

O estudo mostra que houve aumento significativo na frequência de utilização dos serviços que compõem a lista de procedimentos de Outros Serviços Ambulatoriais (OSA), executados por profissionais de nível superior, mas não médicos, entre eles psicólogos e terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fisioterapeutas. Nota-se um crescimento acentuado, iniciado a partir de junho de 2021 quando a variação era 13,2% positiva, saltou para 121,6% nos 12 meses seguintes, e se fixou 30,6% em junho de 2023, percentual ainda considerado elevado.

“A pandemia da Covid-19 acentuou a prevalência de distúrbios mentais e levou as pessoas a buscarem esses tipos de procedimentos com mais intensidade. Além disso, fica evidente o aumento no tratamento específico do transtorno do espectro autista (TEA), que passou a ser mais conhecido, discutido e exposto na mídia” afirma o superintendente executivo do IESS, José Cechin, ao lembrar que a retirada dos limites de cobertura por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para psicólogos e terapeutas ocupacionais, em 2022, por exemplo, intensificou bastante os atendimentos com esses profissionais na saúde suplementar.

Além do aumento na frequência de OSA, a análise apresentou, no período analisado, variação positiva, que representa aumento nas despesas per capita de 15,9%, no pacote de procedimentos disponíveis. Para se ter uma ideia, entre os 12 meses anteriores a junho de 2022 e os 12 seguintes até junho de 2023 o número de procedimentos realizados no País subiu de 5,2 milhões para 6,6 milhões, alta de 27,5%, sendo o maior volume entre beneficiários de planos de saúde com 59 anos ou mais.

Cechin acrescenta ainda que, “ninguém pode ser contra esse tipo de tratamento, porém temos que ficar atentos à questão da ausência de padronização de protocolos, bem como normatizações para esses tipos de casos, visando a utilização adequada, na medida certa, de forma a produzir o resultado almejado, sem desperdícios de recursos”.

O levantamento do IESS, no entanto, revela que a VCMH também foi positiva em outros grupos de procedimentos, significando crescimento das despesas  por exposto, entre eles terapias (32,3%), consultas (13,4%) internação (12,8%) e exames (3,2%).

Como a VCMH é calculada

A VCMH é calculada a partir de metodologia internacional considerando-se o custo médio por exposto em um período de 12 meses em relação às despesas médias dos 12 meses imediatamente anteriores. O índice é uma média ponderada por padrão de plano individual (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico-hospitalar. Com isso, eliminam-se boa parte das variações que decorrem de mudanças na composição dos planos, que nada teriam a ver com variação de despesas.

A metodologia é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo per capita em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.

Clique aqui para acessar o estudo na íntegra.

Sobre o IESS

Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

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Saúde

Harmonia entre corpo e mente facilitam o emagrecimento sem intervenções cirúrgicas

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De acordo com Thiago de Castro, especialista que trabalha há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade, é preciso adotar uma abordagem integral para garantir uma transformação sustentável e de longo prazo

O emagrecimento é um desafio que vai além das questões físicas, envolvendo também pontos psicológicos e emocionais. A busca por perda de peso duradoura, sem recorrer a alternativas como as cirurgias bariátricas, pode ser efetivamente apoiada por técnicas mentais que ajudam a cultivar uma relação mais saudável com a comida e o próprio corpo.

Um estudo publicado pela Yale Medicine aponta que as cirurgias bariátricas, embora eficazes no curto a médio prazo, envolvem riscos de complicações e necessitam de mudanças substanciais no estilo de vida para manter os resultados a longo prazo.

De acordo com Thiago de Castro, hipnoterapeuta, coach e neurolinguista que trabalha há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade, o emagrecimento não é apenas uma questão física. “O estresse, a ansiedade e outros problemas de saúde mental podem levar ao ganho de peso ou a dificuldade para emagrecer. Técnicas de mindfulness, terapia e atividades relaxantes podem ser integradas para apoiar esse processo”, revela.

Técnicas de visualização

Imaginar a si mesmo alcançando um objetivo desejado, como atingir o peso ideal ou recusar alimentos não saudáveis, é o primeiro passo. “Este método pode fortalecer a motivação e reforçar o comportamento positivo. Por exemplo, visualizar-se escolhendo opções saudáveis em um restaurante ou resistindo a um impulso indesejado pode preparar mentalmente o indivíduo para essas situações na vida real”, declara.

É preciso identificar e alterar padrões de pensamento negativos ou destrutivos, que podem levar a comportamentos alimentares prejudiciais. “Contrariar a ideia de que é impossível perder peso e fazer escolhas saudáveis todos os dias irá fazer uma grande diferença no sucesso a longo prazo”, relata o especialista.

Ampliando resultados

Segundo Thiago, a importância dos exercícios vai além da queima de calorias. “Atividades físicas regulares melhoram o metabolismo, fortalecem os músculos e ossos, além de elevar os níveis de energia. A combinação de atividades aeróbicas com treinos de força é ideal para otimizar os resultados”, ressalta.

O hipnoterapeuta acredita que o sono adequado é fundamental para a regulação hormonal e pode afetar diretamente o processo de perda de peso. “Hormônios como o cortisol e a leptina, que regulam o apetite e o metabolismo, são sensíveis às variações no sono”, pontua.

Vale lembrar que aplicativos de saúde e fitness podem ser grandes aliados, ajudando no monitoramento da ingestão de alimentos, atividades físicas e progresso no emagrecimento.

Essas técnicas, quando combinadas com uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares, oferecem um caminho robusto e integral para o emagrecimento sem a necessidade de intervenções cirúrgicas. “A chave é adotar uma abordagem que não apenas trata o corpo, mas também a mente, garantindo uma transformação sustentável e de longo prazo no estilo de vida”, finaliza.

Sobre Thiago de Castro

Thiago de Castro é hipnoterapeuta, coach, neurolinguista e trabalha há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade. Ele eliminou 76 quilos sem cirurgia e sem remédio, e tem inspirado milhares de pessoas a trilharem o mesmo caminho. Através dos seus programas e mentorias, já ajudou mais de 8 mil pessoas a se tornarem mais saudáveis.  

É também monitor da turma Master em Hipnose clínica pelo instituto Lucas Naves. Possui formação em coaching pelo IBC, hipnose clínica pelo IMTA, master em hipnose clínica pelo IMTA, especialização em Hipnose Ericksoniana pelo IMTA, e master em PNL. É formado também em Constelação Familiar pelo IDESV e autor do livro “Quem pensa emagrece”. Atualmente, possui mais de 275 mil seguidores no Instagram e 40 mil inscritos no YouTube.

Para mais informações, acesse o Instagram ou o Youtube.

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Obesidade e Emoções

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Engolir emoções pode estar ligado ao desenvolvimento ou agravamento da obesidade de várias maneiras. Aqui estão algumas conexões entre engolir emoções e obesidade:

Comer emocional: Engolir emoções muitas vezes leva as pessoas a recorrerem à comida como uma forma de conforto ou distração para lidar com seus sentimentos. Isso pode levar ao comer emocional, onde as pessoas consomem alimentos não por necessidade física, mas para aliviar o estresse, a ansiedade, a tristeza ou outras emoções desconfortáveis. O comer emocional pode resultar em uma ingestão calórica excessiva e contribuir para o ganho de peso e a obesidade.

Alimentos reconfortantes: Muitas vezes, as pessoas tendem a buscar alimentos ricos em açúcar, gordura e calorias quando estão engolindo emoções, pois esses alimentos têm a capacidade de desencadear a liberação de neurotransmissores que proporcionam uma sensação temporária de prazer e conforto. No entanto, esses alimentos geralmente são altamente processados e caloricamente densos, o que pode levar ao ganho de peso e à obesidade quando consumidos em excesso.

Padrões alimentares desregulados: Engolir emoções pode levar a padrões alimentares desregulados, como comer compulsivamente ou seguir dietas extremas de restrição seguidas por episódios de compulsão alimentar. Esses padrões alimentares desregulados podem contribuir para o ganho de peso e dificultar a manutenção de um peso saudável a longo prazo.

Sedentarismo: O engolir emoções pode levar ao aumento da inatividade física, à medida que as pessoas recorrem à comida como uma forma de lidar com o estresse ou outras emoções desconfortáveis, em vez de buscar atividades mais saudáveis ou construtivas para lidar com seus sentimentos. O sedentarismo é um fator de risco conhecido para a obesidade e está associado a uma série de problemas de saúde relacionados ao peso.

Ciclo vicioso: Engolir emoções e comer emocionalmente pode criar um ciclo vicioso, onde o ganho de peso resultante pode levar a sentimentos de culpa, vergonha ou baixa autoestima, o que por sua vez pode levar a mais comer emocional e ganho de peso adicional. Esse ciclo pode ser difícil de quebrar e pode perpetuar a obesidade ao longo do tempo.

Em suma, engolir emoções pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento e na manutenção da obesidade, especialmente quando associado a padrões alimentares desregulados, comer emocional e sedentarismo. É importante reconhecer a ligação entre as emoções e os hábitos alimentares e buscar estratégias saudáveis de enfrentamento e suporte emocional para promover um relacionamento mais equilibrado com a comida e um estilo de vida mais saudável.
Além disso, o engolir emoções também pode afetar fatores hormonais e metabólicos que desempenham um papel na regulação do peso corporal. Por exemplo:

Estresse crônico: O engolir emoções pode levar a um aumento do estresse crônico, que por sua vez pode desencadear a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol. Níveis elevados de cortisol estão associados ao aumento do apetite, especialmente por alimentos ricos em gordura e açúcar, e ao acúmulo de gordura abdominal, o que pode contribuir para a obesidade central.

Resistência à insulina: O estresse crônico também pode levar à resistência à insulina, onde as células do corpo se tornam menos sensíveis à insulina, o hormônio responsável pela regulação do açúcar no sangue. Isso pode levar ao aumento dos níveis de insulina no sangue, o que por sua vez pode promover o armazenamento de gordura e dificultar a perda de peso.

Disfunção hormonal: O engolir emoções pode desencadear uma série de alterações hormonais que afetam o metabolismo e a regulação do peso corporal. Por exemplo, o estresse crônico pode levar a desequilíbrios nos níveis de hormônios como a leptina (que regula o apetite) e a grelina (que estimula o apetite), o que pode contribuir para a ingestão excessiva de alimentos e ganho de peso.

Padrões de sono prejudicados: O engolir emoções pode levar a dificuldades para dormir, como insônia ou distúrbios do sono, devido à ruminação excessiva ou ao estresse emocional. A falta de sono adequado pode afetar os hormônios que regulam o apetite e o metabolismo, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade.

Portanto, é importante reconhecer o impacto que o engolir emoções pode ter no corpo, especialmente em relação ao peso e à regulação metabólica. Buscar estratégias saudáveis de enfrentamento emocional, como terapia, meditação, exercícios físicos e apoio social, pode ajudar a lidar com as emoções de forma mais eficaz e promover um peso corporal saudável.
DRA. CAROLINA MANTELLI é médica, endocrinologista e metabologista e tem a missão de amenizar a dor física e da alma através do auto resgate. Criadora do método “Calça Meta”, metodologia criada com o intuito de libertar seus pacientes de amarras de todos os traumas que envolvem o emagrecimento.

@dramantelli

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Embolização de mioma uterino: alternativa de tratamento que preserva o útero

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Por Dr. Rafael Noronha, Especialista em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pelo Hospital das Clínicas da FM-USP e fellowship no Hospital St’Georges Healthcare, em Londres. Cirurgião Vascular pela Faculdade de Medicina do ABC. Doutorado pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Referência em procedimentos de embolização. Atuação no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e sócio do CAVA: Centro Avançado de Cirurgia Endovascular e Radiologia Intervencionista.

O mioma uterino é um tumor benigno muito comum, que acomete a maioria das mulheres ao longo de suas vidas. De fato, estudos estimam que 70 a 80% da população feminina irá apresentá-los em algum momento, sendo fundamental, portanto, que as mulheres estejam esclarecidas sobre seus sintomas e formas de tratamento.

Em um estudo de 2013, com quase mil mulheres, cerca de 80% delas responderam que gostariam de um tratamento que não envolvesse cirurgia invasiva, 51% que esse tratamento preservasse o útero e 42% daquelas com menos de 40 anos desejavam ainda manter a fertilidade.

Apesar disso, a maioria das mulheres jamais foi informada a respeito da possibilidade de tratamento dos miomas com embolização, uma técnica minimamente invasiva e que preserva o útero. Em um estudo americano de 2017, 60% das entrevistadas desconheciam a existência do procedimento.
A maioria dos miomas é assintomática e detectada por acaso durante a realização de exames de imagem. Entretanto, 30 a 50% deles podem causar sangramento menstrual aumentado, dor pélvica, constipação, incontinência urinária e até infertilidade, impactando na qualidade de vida das mulheres acometidas.

Para os casos em que se recomenda tratamento cirúrgico, a retirada total do útero (histerectomia) ainda é o procedimento mais realizado.

Entretanto, tem-se associado tal tratamento a efeitos negativos em médio e longo prazo, como maior incidência de problemas psicológicos (ansiedade e depressão) e a um aumento no risco de prolapso vaginal, incontinência urinária e até mesmo de alguns tipos de câncer, como tireóide e células renais.
Um estudo recente demonstrou, inclusive, que mulheres submetidas à histerectomia apresentaram risco aumentado de hiperlipidemia (colesterol e triglicérides), hipertensão, obesidade e arritmias cardíacas em comparação a mulheres que mantiveram seus úteros.

Quando a histerectomia foi realizada com menos de 35 anos de idade, as pacientes passaram, inclusive, a apresentar risco 4.6 vezes maior de insuficiência cardíaca e 2.5 vezes maior de doença coronariana.

Felizmente, existem atualmente opções minimamente invasivas de tratamento, que possibilitam a preservação do útero e da fertilidade, como a embolização das artérias uterinas, realizada por médico especialista em radiologia intervencionista.

Nessa abordagem, um cateter é inserido na circulação e navega até os vasos que alimentam o útero e os miomas. Neste local são injetadas pequenas partículas que ocluem a circulação dos miomas, causando resolução dos sintomas em 90% dos casos e redução de cerca de 50% do tamanho dos miomas.

Com isso em mente, defendemos ser fundamental que todas as mulheres sejam plenamente informadas tanto sobre a condição, quanto sobre todas as opções de tratamento, para que possam fazer parte do processo de decisão a respeito de qual delas se adequa melhor ao seu caso. https://rafaelnoronhacavalcante.com/

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