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Música

Dona Onete completa 85 anos e lança novo disco: Bagaceira

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(Foto: Renato Reis)

Com patrocínio da Natura Musical, diva paraense celebra a nova idade com um álbum onde ela mesma assume a direção criativa. São 10 músicas inéditas, que oferecem uma jornada pelos diversos estilos musicais do Pará – como Carimbó, Banguê e Toada de Boi

Escute Bagaceira

Uma das vozes mais fortes da Amazônia faz aniversário, mas quem ganha presente é o público. Dona Onete comemora seus 85 anos de idade presenteando os fãs com um novo disco que promete sacudir as pistas de dança do Brasil e do mundo. Intitulado “Bagaceira”, o quarto álbum da cantora chega para celebrar a vida e também toda a riqueza e diversidade da cultura paraense e da Amazônia. A obra chega às plataformas digitais hoje, dia 18 de junho, data de nascimento da cantora.

Segundo Dona Onete, “a festa do interior do Pará é uma bagaceira. Você chega, dança, come, bebe, pensa que acabou a festa, volta pro salão, dança, o sol nasce e a festa ainda não terminou. E, quando vai terminar, os ribeirinhos pegam o barco e continuam a festa no Ver-o-Peso”. Foi este espírito que a rainha do carimbó chamegado quis imprimir no novo trabalho.

Ao todo, são 10 faixas que passeiam por diversos ritmos do Norte do país. “Eu quis fazer uma mistura grande. Tem banguê, brega, carimbó, lambada… uma mistura só”, adianta. Ela também fez questão de participar de todas as etapas da nova produção, desde a escolha das músicas até o figurino da capa do disco que ela mesmo assina.

Este projeto tem o patrocínio do Natura Musical através da Lei Semear, Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado do Pará. O projeto foi selecionado ao lado de nomes como AQNO, Caquiado, Festival Apoena e Rawi. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para mais de 80 projetos até 2022, em diferentes formatos e estágios de carreira, como Dona Onete, Raidol, Nic Dias e os festivais Mana, Lambateria e Psica.

UMA JORNADA MUSICAL PELOS RITMOS DO PARÁ E DA AMAZÔNIA

Em “Bagaceira”, Dona Onete nos conduz por uma divertida viagem pelos gêneros musicais do Pará e da Amazônia. O disco, repleto de influências que refletem a diversidade musical da região, apresenta uma seleção cuidadosa de músicas que valorizam e versam sobre a cultura e as tradições locais.

Cada faixa é uma história viva, uma narrativa que ecoa as experiências de vida da cantora, refletindo a essência dos locais onde nasceu e viveu. Desde o envolvente Banguê da faixa-título “Bagaceira” até a atmosfera festiva do Carimbó em “Curió Cantador” e “Festa no Ver-O-Peso”, o disco é uma grande celebração da música paraense. É seguro dizer que todas as músicas podem contagiar qualquer ambiente com a energia e a atmosfera do Pará.

DO INTERIOR PARA O MUNDO: ‘BAGACEIRA’ É UM DISCO PARA DANÇAR

O disco inteiro nasceu da faixa-título, “Bagaceira”, uma homenagem às festas do interior e à vida na região rural. A própria Dona Onete explica de onde veio a inspiração: “É algo mais profundo do que apenas a festa pela festa. Nos tempos antigos dos engenhos de cana-de-açúcar em Igarapé-Miri (PA), a ‘bagaceira’ era uma expressão usada pelos caboclos. Era sobre aquelas festas depois do baile oficial, longe dos olhares críticos da sociedade, sabem? O povo dançava descalço, com a sua curtição, à sua maneira. Era uma festa sem os refinamentos da alta sociedade”, conta.

Dona Onete sempre teve em mente criar um disco que pudesse ser desfrutado em festas de interior, festas de aparelhagem e à beira do rio, conectando-se profundamente com seu público e suas raízes culturais.

Com músicas como “Lunlambumbarimbó”, que tem participação de Félix Robatto, a Rainha do Carimbó Chamegado demonstra seu compromisso com a dança e a diversão, criando melodias e sons que convidam o ouvinte a se entregar ao ritmo contagiante da música paraense.

PARTICIPAÇÃO ATIVA DE DONA ONETE NA CONCEPÇÃO DO DISCO

Dona Onete assumiu um papel central no trabalho. Desde as conversas iniciais até a produção final, cada música é uma expressão autêntica da sua visão artística, com histórias, sentimentos e personagens que ela quer compartilhar em festa com o mundo.

Sua participação ativa na concepção do disco influenciou diretamente todos os envolvidos no projeto, garantindo que cada detalhe refletisse sua essência única. Um exemplo marcante é “Curió Cantador”, um Carimbó cuja letra foi contada e dirigida por Dona Onete, refletindo fielmente suas experiências e sentimentos.

E a condução não se limita apenas à parte sonora do trabalho. A arte da capa, assinada pela artista plástica paraense Maitê Zara, foi inspirada em uma foto de Renato Reis especialmente selecionada por Dona Onete, que reflete toda a sua essência e energia.

O próprio figurino deste trabalho foi escolhido a dedo pela diva. Nele, encontramos elementos da arte marajoara, estampados na saia rodada e típica das dançarinas de carimbó, entre outras referências da cultura paraense. E para fechar com chave de ouro, Dona Onete fez questão de usar a sua coroa de Rainha do Carnaval do Carnamango/Circo Voador 2024. 

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Música

“Vivo!”, o icônico disco de Alceu Valença, será relançado em vinil pela Rocinante Três Selos

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O LP foi registrado em 7 de setembro de 1975, no Rio de Janeiro, na última apresentação do espetáculo “Vou Danado pra Catende”.

Em 1976, época em que discos registrados ao vivo ainda eram raridade no Brasil, Alceu Valença lançou o explosivo “Vivo!”. O LP trouxe a trilha sonora de uma performance intensa, energética e contestadora, apresentando ao mundo a música contemporânea pernambucana. A partir de 28 de agosto, os fãs do cantor e compositor terão a oportunidade de ter em mãos uma reedição luxuosa do icônico álbum, assinada pela Rocinante Três Selos.

No fervilhante cenário cultural dos anos 70, Alceu Valença emergiu como um dos mais vibrantes representantes da nova música nordestina com a sua participação no festival Abertura, defendendo “Vou Danado pra Catende”. O pernambucano despontou como o capitão da espaçonave que partiria do Nordeste para sobrevoar o Brasil e, mais tarde, o mundo.

Gravado durante a última apresentação do espetáculo “Vou Danado pra Catende”, no Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 1975, o espetáculo foi marcado por um momento de tensão: nos bastidores, antes de subir ao palco, o cantor foi informado da prisão de seu parceiro Geraldo Azevedo pela repressão militar.

No Jornal do Brasil, Alceu definiu seu show: “Quem vier assistir não verá um concerto onde eu sou a figura central. Direção existe, mas é aberta, elástica. Sou o palhaço ou o bobo da corte, às vezes domador. Posso divertir o público ou irritá-lo. Não vou permitir de modo algum que façam do meu sotaque um subproduto. Minha música tem som universal com vivência nordestina”.

E é essa energia que transborda em cada faixa do disco. “Senhoras e senhores, meu cordial boa noite!”, dizia Alceu na abertura do show e do LP. A redoma que o pernambucano deseja destruir, a barreira entre artista e público, estava com os minutos contados. A introdução circense, embalada em viola, flauta, percussão e guitarra viajante estão na corpulenta abertura de “O casamento da raposa com o rouxinol”. O encerramento do lado A é com “Você pensa”, o momento mais pesado, agressivo e fugaz do disco.

“Agora eu vou cantar em pé para sair em gravação, né?”, anuncia Alceu nos primeiros sulcos do lado B de “Vivo!”. É a introdução de um intenso pot-pourri contendo “Punhal de prata”, “O medo”, “Quanto é grande o autor da natureza”, “Cabelos longos” e “Índio quer apito”. “Pontos cardeais”, momento copioso, colérico e tropológico de “Vivo!”, apresentava metáforas que iam de encontro ao que o parceiro Geraldo Azevedo (e tantos outros) passavam nos porões da Ditadura.

A lembrança de Geraldinho volta na canção seguinte, “Papagaio do futuro”, com Alceu comentando que a canção foi defendida no Festival Internacional da Canção de 1972, por ele, Geraldo Azevedo e Jackson do Pandeiro. O encerramento é com “Sol e chuva”: “me mate que eu sou muito Vivo! Vivo! Vivo!”.

A imprensa não cansou de elogiar “Vivo!”, lançado com capa dupla e imagens capturadas por um dos grandes fotógrafos do período, Mário Luiz Thompson. “O show de Alceu teve o clima ideal para fazer desse trabalho o melhor disco ao vivo gravado no Brasil”, escreveu Aloysio Reis na revista Pop.

Nesta edição especial da Rocinante Três Selos, “Vivo!” retorna em vinil preto 180g, com capa dupla, pôster e um encarte que inclui as letras das músicas e um texto exclusivo de Bento Araujo, jornalista e autor da série de livros “Lindo Sonho Delirante”. “Vivo!” continua a ser um testemunho da energia indomável e da paixão de Alceu Valença, um artista que não só vive intensamente o seu tempo, mas também o moldou com sua arte.

Tracklist:

Lado A
1. O casamento da raposa com o rouxinol (Alceu Valença) – 6:07
2. Descida da ladeira (Alceu Valença) – 5:06
3. Edipiana nº 1 (Alceu Valença, Geraldo Azevedo) – 4:52
4. Você pensa (Alceu Valença) – 3:22
Lado B
1. Punhal de prata (Alceu Valença) – 7:02
2. Pontos cardeais (Alceu Valença) – 4:22
3. Papagaio do futuro (Alceu Valença) – 5:41
4. Sol e chuva (Alceu Valença) – 4:35

Projeto Rocinante Três Selos

A paixão pelo vinil une três grandes nomes do mercado nacional em uma colaboração inédita. A fábrica Rocinante, localizada em Petrópolis, agora prensará uma seleção exclusiva de discos a partir de novembro, em uma parceria com a Três Selos. Esta curadoria, licenciada pela própria Rocinante, conta também com a contribuição da Tropicália Discos, uma loja icônica do Rio de Janeiro com mais de 20 anos de expertise na divulgação da música brasileira.

Essas referências do mercado se unem para apresentar com excelência algumas das obras mais marcantes da música brasileira, incluindo nomes consagrados como Chico César, Gilberto Gil, Pabllo Vittar, Hermeto Pascoal, Novelli, Tulipa Ruiz, Céu e Baiana System. Com um projeto gráfico inovador e utilizando as melhores prensas de vinil do país, essa parceria promete elevar ainda mais a música brasileira, celebrando sua riqueza e diversidade em cada lançamento.

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Manu Chao compartilha seu novo single “Tú Te Vas” feat. Laeti

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PARTE DE SEU PRÓXIMO ÁLBUM VIVA TÚ, PREVISTO PARA 20 DE SETEMBRO

Escute aqui.

Depois de “Viva Tú” e “Sao Paulo Motoboy”, Manu Chao revela “Tú Te Vas”, o terceiro single de seu próximo álbum, Viva Tú, que será lançado em 20 de setembro. O álbum, uma obra de arte poliglota e unificadora, funde gêneros em uma coleção vibrante de cartões postais coloridos e cheios de alma que colocam o ser humano no centro de tudo. 

 “Tú Te Vas” é uma balada delicada e sensível que conta a história de duas almas que decidem se separar. Fiel ao estilo de Manu Chao, a dor e a luta da existência são capturadas na música. Em colaboração com Laeti, a rapper conhecida pela série Validé, a música relembra um amor passado para enfrentar melhor o futuro, sem amargura. Interpretada em francês e espanhol, “Tú Te Vas” ressoa com qualquer pessoa que tenha sofrido a dor de um rompimento. É uma música universal, sem fronteiras, que mergulha nas profundezas das emoções e, apesar da frase recorrente e definitiva “j’reviendrai jamais” (eu nunca voltarei), não exclui nenhuma possibilidade de futuro. O que restará são os fantasmas, os beijos compartilhados e as fotos de alguém que já foi amado (e talvez ainda seja amado), e tudo isso, quando a dor passar, trará sorrisos, os sorrisos daqueles que amaram livremente e são gratos por isso. É uma mensagem de esperança, uma recusa em manchar o que era forte, sincero e intenso.

É também uma música que Laeti só poderia ter escrito com Manu Chao. O amor não pode ser cantado com peso, e Manu Chao sempre soube como expressar sentimentos com um verdadeiro senso de simplicidade e uma saudável arte do contraste (“Me Gustas Tú”, “Je ne t’aime plus”), nunca caindo na indecência e exaltando as emoções humanas: “Acho que você tem que ir para as coisas simples. A complexidade trouxe o mundo até onde estamos hoje. Embora eu ache que, para chegar às coisas simples, você tenha que passar pela complexidade primeiro… de qualquer forma, o que me faz feliz é criar projetos simples e compor músicas simples,”

 É outra melodia cheia de ternura, na qual o ego não tem realmente nada a dizer. “Tu ten vas, pour toujours et tu seras toujours là, quelque part.”

Sobre a ForMusic:

Fundada no ano de 2016 por Nando Machado e Daniel Dystyler, a ForMusic é uma agência de marketing e promoção focada em projetos de música que conecta marcas, empresas, artistas e gravadoras de todo o mundo que querem ver o seu público crescer dentro do Brasil. Desde o início, ganhou destaque por trabalhar com as principais gravadoras e selos independentes do mercado, e hoje, representa artistas de nomes como Beggars Group, Domino Records, [PIAS], Nettwerk, Big Loud, entre muitas outras. 

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Em Hollywood, Pietro Krauss é elogiado pelo produtor de Grey ‘s Anatomy

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Beto Skubs, renomado produtor da série, destaca o talento e as raízes brasileiras de Krauss em encontro em Los Angeles

Pietro Krauss, jovem cineasta brasileiro em ascensão em Hollywood, recebeu elogios de Beto Skubs, produtor de Grey’s Anatomy, durante um encontro especial em Los Angeles. Beto, também brasileiro e renomado por seu trabalho na série médica, visitou a casa de Pietro em Bel-Air, onde presenteou o cineasta com um roteiro autografado de Grey’s Anatomy. A dedicatória dizia: “Pietro, é uma honra conhecê-lo e compartilhar um pouco do seu incrível talento. Aqui é 019.”

Pietro explicou o significado da frase em um post no Instagram: “Aqui é 019″ é uma brincadeira nossa, já que nascemos na mesma região do Brasil — eu em Limeira e ele em Piracicaba. É nossa maneira de manter as raízes vivas, mesmo de longe.”

Beto Skubs, que atuou como roteirista e produtor de Grey’s Anatomy, é conhecido por destacar a cultura brasileira na série, trazendo talentos como Bianca Comparato e Eduardo Muniz, além de incorporar elementos brasileiros nos episódios, como bandeiras, camisas da seleção e diálogos em português. Embora não trabalhe mais na série, seu legado permanece evidente nas contribuições que fez para promover a cultura brasileira em um dos programas mais icônicos da televisão.

Esse encontro entre dois talentos brasileiros em solo americano destaca não só a excelência de ambos em suas áreas, mas também a força das raízes que compartilham. Em uma indústria competitiva como a de Hollywood, o reconhecimento de alguém tão estabelecido como Beto Skubs consolida ainda mais a ascensão de Pietro Krauss como um nome a ser observado no cinema internacional.

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